Este é o último estudo que fazemos em conjunto, não resisto a contar uma lenda que li a algum tempo e que pertence a João Tauler (1300-1361).
Um homem caminhava pela estrada e falava consigo mesmo, como costumam fazer os que, na vida, não têm sequer um amigo com quem trocar duas confidências.
- Vejam só a minha sorte, murmurava ele; não há ninguém no mundo mais pobre do que eu. Tinha um chapéu, que o vento levou; uma capa que, enquanto dormia, alguém roubou; um bastão com o qual, por causa do frio, acendi uma fogueira para me aquecer; uma sacola com pão e água, que o rio arrastou. Nada mais tenho, senão estas mãos para colher água e matar a sede. Há alguém, perguntava ao vento sem esperar resposta, mais pobre do que eu?
- Eu, irmão, contestou-lhe uma voz conhecida.
Voltou-se e viu Cristo que, em traje de peregrino, lhe disse:
- Tu, se quiseres, ainda podes colher água com as mãos. Eu nem isso consigo, pois as Minhas foram traspassadas.
“Senhor,
fazei-me instrumento
da Vossa paz:
onde houver ódio,
que eu leve o amor;
onde houver ofensa,
que eu leve o perdão;
onde houver discórdia,
que eu leve a união;
onde houver dúvidas,
que eu leve a fé;
onde houver erros,
que eu leve a verdade;
onde houver desespero,
que eu leve a esperança;
onde houver tristeza,
que eu leve a alegria;
onde houver trevas,
que eu leve a luz”
Sabeis quem fez esta prece?
Que pensais dela?
Como pode tornar-se a nossa oração?
Sem comentários:
Enviar um comentário